26 de mar. de 2010

DREAM THEATER – Black Clouds & Silver Linings World Tour 2010 – Rio de Janeiro – 20/03/2010

Contribuição por Clarissa Vencato- Estudante de Direito UFRR


Simplesmente mágico. Há muito o que dizer, mas me faltam palavras para descrever uma das noites mais emocionantes de minha vida. A minha ficha ainda não caiu: eu estava lá!

O dia 20 de março foi um dia que passou extremamente devagar, talvez tenha sido um dia tão longo de minha vida quanto o dia 12 de março de 2009, quando eu e uns amigos especiais tivemos a oportunidade de ver o Iron Maiden de pertinho. O frio na barriga e o nervosismo tiraram meu sono e me faziam olhar o relógio a cada 20min só para ver quanto tempo faltava para o grande Show, que começaria às 22h.



Tamanha era a ansiedade que às 19h eu já estava pronta e maquiada, aguardando minha prima e o noivo dela que, por não gostarem de rock e nunca terem ouvido falar no Dream Theater, não estavam com pressa alguma. Resultado: saí de casa quase 21h, e a aflição tomou conta de mim ao me deparar com um PUUUTA engarrafamento. O Citibank Hall, local do show, que, segundo minha prima, é “pertinho, em 10min estaremos lá”, parecia ficar a 100km de distância, tamanha foi a demora para chegar.



Ao chegarmos no local, minha prima e seu noivo procuravam lugar pra estacionar (lotado!!), enquanto eu praticamente me joguei do carro e saí correndo para trocar os ingressos (comprei via Will Call) e entrar na kilométrica fila, na qual um monte de headbangers lindos, tatuados e com camisetas do Dream animaram meu espírito e tornaram o calor infernal e a ansiedade mais toleráveis rsrsrsrs




Quando finalmente consegui entrar, o local, que é fechado, estava lotado e o pré-show de uma tal Banda Bigelf (nunca ouvi falar) estava quase no fim. Não prestei muita atenção na banda, já que estava mais preocupada em enfrentar a multidão para caçar um lugar próximo ao palco. Consegui ficar na grade que divide a pista pobre da pista vip. Foi aí que bateu o arrependimento de não ter ido pra vip ._.

Antes de show começar, John Petrucci e John Myung ficavam atiçando o público, pois estavam atrás das cortinas tocando grandes sucessos do Dream no violão, tais como As I Am e Pull Me Under, sob o vocal de uma desconhecida, com quem o público cantava junto. Mike Portnoy soltava seus famosos gritinhos, para o delírio do público.

E então, exatamente às 22:30, o Dream Theater invadiu o palco, e minhas lágrimas começaram a rolar e continuaram rolando pelo menos nas 5 primeiras músicas. Valeu a pena ter saído do show rouca de tanto gritar, com a cara inchada e com câimbra nos ombros de tanto ficar com os braços levantados tirando foto.



Quando ao repertório, impecável e perfeito, chamo a atenção para algumas músicas especiais que se destacaram:

*A Nightmare to Remember – primeira música do show, de cunho sombrio, assustador e eletrizante, retrata um grave acidente que quase tirou a vida de Mike Portnoy em sua infância. As imagens ilustradas no telão emocionaram a todos.

*Solitary Shell - retrata a dor e a triste vida dos que sofrem de Autismo, doença psiquiátrica que conduz as pessoas ao isolamento. Também chorei muito nesta música, pela letra e após ver as imagens que o Dream Theater exibia no telão.

*Sacrified Sons – Fortes imagens da tragédia do World Trade Center eram exibidas enquanto a música rolava. A letra, forte, linda e emocionante, fala do cruel massacre que chocou o mundo. E, pra variar, chorei horrores.

*A Rite of Passage – fala do sombrio e misterioso mundo da Maçonaria e do clássico rito de Passagem pelo qual os novos “irmãos” são obrigados a passar. Chorei também =D hihihi

Aliás, o repertório foi este aqui:

1. A Nightmare To Remember
2. The Mirror
3. Lie
4. A Rite Of Passage
5. Sacrificed Sons
6. Solitary Shell
7. In The Name Of God
8. Take The Time
9. Encore: The Count Of Tuscany

Quanto aos músicos e suas peripécias no palco, John Petrucci e seus solos incríveis, John Myung (ô japa difícil de fotografar! Só se escondia!) “destruindo” com seu baixo, com seu clássico jeitão calado, Mike Portnoy de barba azul e suas clássicas caretas e palhaçadas no telão durante o show divertiram o público, James LaBrie arregaçando a voz nos refrões, e o mais engraçado: Jordan Rudess, o tecladista (na minha opinião, o mais anônimo do Dream), possuía um avatar computadorizado, vestido de Mago, que imitava seus movimentos quando ele tocava teclado.





Os solos individuais de cada um deles também foram impecáveis, perfeitos. Enfim, grandes surpresas, imagens emocionantes e músicas lindas marcaram para sempre minha vida no dia 20 de Março de 2010, Show grandioso este que, sem dúvida, vai ficar pra sempre em minha memória. E QUEM FALOU MAL DO SHOW TA FICANDO DOIDO, PQ FOI P-E-R-F-E-I-T-O!

Enfim, era tudo o que tinha a dizer esta grande fã emocionada sobre o Show do Dream Theater. =)

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